quinta-feira, 27 de setembro de 2007

COMENTANDO A NECESSIDADE DA DIFICIL APROVAÇÃO DA PEC-21/2005:

Sabemos que a PEC-21 não é o bastante para atender todo nosso anseio; mas alguma coisa tem que inovar ou vamos ser sucatados como o Carburador diante da Ejeção Eletrônica dos modernos veículos. Acredita que ainda há quem diga ser o Carburador a melhor coisa pra veículo? Há quem aponte qualidades como a força de gravidade conduzindo o combustível mangueira abaixo, a facilidade de sem experiência mecânica se mexer nele quando queria falhar. Tem gente pra tudo! Mas a moderna ejeção tomou o mercado e agora? Vamos parar no tempo? Como se não bastasse ainda estar-mos seguindo modelo Militar Romano, mesmo Roma sendo criticada por atos loucos e brutais em toda sua Historia? Mesmo agente ainda sendo esse protótipo de Escravo. Pois não precisa ser muito pensador para se ver os Oficiais como chefes das Senzalas e os praças como mão de obra barata e obedientes de poucos direitos, por mais que se faça Estatuto moderno? Mas é que não há respeito da classe superior em relação à classe inferior. Quando muito, só demagogia estratégica para tirar proveito da disposição que o praça tem como Dom, ser enérgico em tudo que faz. Oficial é orgulhoso e limita os acessos de Praças, a ponto de subestimar a tudo e a todos; até porque se algum praça tentar crescer, seu tapete será puxado com certeza, já se viu muito isso nos quartéis?
Concordo com a PEC 21 apenas como o primeiro passo para quebra de tão grosseira tradição, digamos a Lei do ventre livre, para que depois venham as demais mudanças, até surgir quem sabe uma princesa Isabel, com a final Carta de Alforria, considerando que nenhum exemplo de nossa situação é mais clara, do que a comparação ou semelhança a escravos, no domínio, no chicote, nas exaustivas jornadas de trabalho e na corrente dos famigerados estatutos que diferenciam a classe Oficial, de Praça - Desde às mordomias às Promoções - Embora acredito que no Rio Grande do Norte tal semelhança se torne ainda maior, enquanto maior for a ignorância em beneficiar a pessoa humana do profissional subordinado. E agora? Vamos sentir falta de ignorante militarismo de ações arcaicas na segurança publica? Haverá quem os defenda da mesma forma que no exemplo acima defendem ainda o carburador? De certo sim. Há gente pra tudo! Mas os modernos modelos de Segurança tomarão formas no Estado, e aí? Vamos inovar ou ser sucatado, reduzidos a bons profissionaisinhos de mão de obra barata?

É burrice não ajudar o praça crescer se é que somos a base. Porque uma base podre desmoronaria a grande estrutura. É desumano não abrir espaço para crescimento pessoal e profissional daquele que deu a vida por uma profissão tão discriminada, onde se deveria amenos entre os nossos nos sentir bem. Vivemos como eternos adolescentes diante da vigilância de pais rígidos (Figura Patriarcal), considerando que quase não se pode ter iniciativa e é uma independência que nunca chega. Enquanto o adolescente adquire respeito quando se profissionaliza e volta para visitar os pais o impressionando com grandes valores... Na Policia nunca o Praça sai da imaturidade. Só pode ser o modelo que se imita até hoje que está obsoleto. Herdamos o coturno e o estilo Militar de Roma, somos obrigados a uma sujeição escravagista que está no sangue e na alma de cada praça; trazemos a cultura Patriarcal e somos preparados para guerra como Forças Armadas e nunca como Segurança Pública. O resultado final sendo uma vida de insatisfação entre Praças, uma futura aposentadoria paranóica com a mentalidade de eterno Escravo. Meu medo sendo que a doença da acomodação nos leve a nunca mudar. Mesmo sabendo que se não fosse as esperneadas das associações de praças, enfrentando a inconstitucionalidade de tudo que nos cerca, nem salários humanos se recebia; Embora o salário digno ainda está distante. É absurdo sermos de uma profissão de carreira, onde deveríamos ingressar uma única vez na Polícia e galgar-mos promoções e concorrências regulamentares entre nós mesmos; mas de tanto o Praça ser discriminado e subestimado em qualquer possibilidade de crescer, és que acima da tampa de um caldeirão fervente de praças atrás de promoções, passeiam jovens oficiais estudiosos do mundo de fora da corporação, criando uma concorrência desleal, mostrando que são sangue azul (Nobres Oficiais, invasores de espaços de Praças Santos de Casa que para Oficiais não faz milagres), impedindo crescimento de praças imbecilizados no longo da carreira, a espera de uma vaga para se promover, sem sequer ver o obvio em sua frente afunilando e sendo ocupadas por Semi-Deuses recém formados. Quando quase em nenhuma categoria profissional se ver modelo assim, ao contrario, sabe-se que a cada dois anos, algo diferencia o crescimento de cada profissional sem sequer ser de carreira. O resultado sendo o grande risco de bandidos estudiosos ocuparem o nível maior de nossa categoria pelo ponto fraco de que as promoções de oficiais são muito rápidas e ingressarem do médio topo acima. “A sorte sendo que o Brasil ainda não tem inteligência no crime organizado a tal ponto, por enquanto”. O resultado sendo poderosos novatos de pouca experiência, fazendo absurdos e a sociedade lhes sendo cobaia até que aprendam, enquanto os praças experientes os ficam respeitando, muitos até os endeusando, mas muito decepcionados de terem alguém assim à frente ou no Comando. Há!!! se isso não retardasse o andamento da instituição!!! Se não nos colocasse expostos a serias criticas, até que se poderia suportar ou fazer de conta que ninguém entende como funciona esse tão atrasado modelo de Segurança Pública, aqui onde uma Policia presta serviço a outra policia (Militar x Civil), por falta de uma boa gerencia que faça ambas servirem diretamente ao Poder Judiciário ao invés de ficarem brigando por migalhas de poderes, sem ver que só se enfraquecem aos olhos de seres civilizados.
Não queiramos ser como aqueles que passam metade da vida a dizer o que vão realizar e a outra metade a explicar porque não o realizaram.
Benjamin Franklin.

QUEBRA DE PARADIGMAS POLICIAIS MILITARES

PEC. 21 - Desmilitarização das Polícias:
Encontra-se no Senado Federal a PEC 21/2005 que trata da desmilitarização das Polícias e Bombeiros Militares dos Estados. Você conhece a proposta? <Clique aqui> e leia o texto na íntegra, em seguida vote se você é ou não favorável à desmilitarização das Polícias Militares.
Pode ser que a PEC – 21 quebre culturas, tradições e comportamentos cômodos. Mas muito maior quebra de paradigma foram os laços com Portugal e Brasil serem cortados naquela época, causando sérios transtornos à Coroa de Portugal. Ou muito maior quebra de Paradigma tendo sido a libertação dos Escravos, causando sérios transtornos a Economia Brasileira com aquela mão de obra barata da época muito lucrativa ao Estado, tendo que se libertar homens que por natureza já eram livres, mas dependiam de política civilizada que não tirassem seus direitos básicos de humanos pela tirania da escravidão.

Essa nova quebra de Paradigma vai de encontro à “Sapiência Empírica”, na base do quero, posso e mando, outorgada e imposta goela adentro em defesa da dicotomia “hierárquica e disciplinar militar” vista apenas por um ângulo, sem permitir interpretações. E aquele que ouse faze-lo, ainda hoje é defenestrado e jogado ao ostracismo. Por sorte o tempo continuando sua inexorável trajetória. E a democracia terá que acontecer cedo ou tarde como nossa bandeira também nos âmbitos internos dos quartéis, aqui onde quando o superior fala com a tropa não se trata de dialogo e sim monologo. Pois nunca há direito a resposta daquelas descargas traumáticas de interesse do próprio superior. E isso psicologicamente não é bom, considerando que tudo se reflete junto a uma sociedade em busca de direitos humanos, onde se entende que só oferecemos aquilo que temos...! Como oferecer o que não temos ou não vivenciamos no dia a dia internamente? E até quando a sociedade vai ser cobaia desses desajustes na Segurança Pública? Temos Associações de Praças, que pensam o mesmo em plena ativa porque representam os oprimidos e até Oficiais...! Com o diferencial que Oficiais só despertam quando estão morbidamente aposentados; lamentando o quanto poderia ter feito ou realizado com seus praças, para terem hoje uma consciência de posteridade. Ao invés de lamentarem seus traumas e omissões na época sob o torpor do medo de perder regalias e promoções, que morrerão e jamais levarão para o céu ou pra onde forem.

- Cliquem e Acessem o que já pensam alguns Nobres Oficiais:
<
http://www.acspmrn.com.br/jornal/ano_ii/04/05.htm>

sábado, 22 de setembro de 2007

New Blogger Seridoense

Sou mais um Policial Militar de que cedo aprendeu que “Segurança Pública” só funciona bem, com Profissionais que dominem ao menos "Noções de Direito". Enquanto isso, nas Policias Militares do Brasil estão nos instruindo mais ao Militarismo; que muito dignamente deveria ser interesse apenas das Forças Armadas, por isso tanta falta faz nas ruas esse fundamental saber pratico e direcionado ao Poder Judiciário.
Já se foi o tempo que o Direito era só do domínio de advogados, Promotores e Juizes. O Mundo sente a inconsciente falta de uma Policia Desmilitarizada Judiciária. Já temos muitos de nós Qualificados. Mudemos e Vereis!!!

"Segurança Pública" (Na verdade mais definida para servir melhor uma sociedade juridicamente leiga que nos dias de hoje já não sabe a qual Polícia Recorrer e só se precisa delas em momento de urgência, por isso essa indefinição do Estado tambem atrapalha a cidadania e o Estado de Direito).